quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Filme Natal Digital


E porque a tradição já não é o que era... aqui fica a versão "actualizada" da história do Natal...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Duarte & Companhia


 Se há uma série de culto portuguesa, ela é, sem grande margem para dúvida, "Duarte & Companhia". Amanhã, segunda-feira, faz 25 anos que o formato estreou, marcando uma geração de espectadores que ainda hoje a evoca de variadas formas.
O dia 6 de Dezembro de 1985 entra para a história da televisão portuguesa por ser a data de estreia de "Duarte & Companhia" na RTP.


A dupla de detectives privados, protagonizada por Rui Mendes e António Assunção, juntava miúdos e graúdos à frente do televisor e a todos arrancava arrebatadas gargalhadas, com as situações rocambolescas em que se viam envolvidos.
"Talvez não seja a única (série de culto), mas para a geração que cresceu nos anos 80 é, sem dúvida algo muito especial. O Herman já tinha operado uma revolução com 'O Tal Canal', mas o 'Duarte e Companhia tinha um tipo diferente de arrojo", explica o humorista Nuno Markl, fã assumido da série.
E conta porquê, nas respostas às questões que o JN lhe colocou por e-mail: "É, possivelmente, o mais próximo que Portugal teve de uma loucura série B. Era uma série destemida, sem medo do que pudesse falhar e que tentava tudo. Era um tempo em que se ousava na televisão portuguesa e a ousadia era recompensada pelo público. Hoje ninguém arriscaria uma coisa assim, estamos numa triste era de jogar pelo seguro, na TV".



Doze mil fãs no Facebook

Frases como: "Eu não sele chinês, eu sele japonês", ou os eficazes murros do malfeitor "Rocha" (António Rocha) ainda hoje estão muito presentes na memória daqueles que cresceram durante a década de 80 do século passado e que agora evocam a produção, realizada por Rogério Ceitil, de diversas formas, como por uxemplo uma página na rede social Facebook que já conta com mais de 12 mil fãs.

Em poucas linhas, "Duarte" era o chefe, "Tó" o ajudante, que preferia ler o jornal "A Bola" a enfrentar o perigo", "Joaninha" (Paula Mora), a secretária e também a "cavalaria" pois era a única com força suficiente para socar os adversários. Da equipa fazia também parte o carro, um Citroën 2 Cavalos, vermelho.
Invariavelmente, em cada caso, estavam envolvidos dois grupos de criminosos. Um, liderado por "Átila" (Luís Vicente), o outro, por "Lúcifer" (Guilherme Filipe) cuja ambição era fazer parte da máfia.
Além destes, a ciumenta mulher do detective, "Emma" (Ema Paul),  e a mãe desta "Sogra" (Fernanda Coimbra) também não lhe facilitavam a vida. Muito antes da expressão "girl power" se ter generalizado, estas duas personagens e "Joaninha" foram percursoras do "poder feminino" pela maneira como batiam em toda a gente.


Lado de "desenho animado"

Na altura, Nuno Markl ficava fascinado pelo lado "quase de desenho animado" da série. "Hoje, adoro a sede de inovação e de total e completa inconsciência que ali está! Pessoalmente, influenciou-me muito. Quando co-escrevi a série 'Paraíso Filmes,' para o António Feio e o José Pedro Gomes, houve ali alguma loucura à 'Duarte e Companhia'. Não foi consciente; foram coisas que cá ficaram para sempre. De vez em quando sonho que alguém me convida para escrever o remake. Seria uma honra!", prossegue o também autor, que em Maio dedicou à série, de 37 episódios, divididos por cinco temporadas, uma das edições de "Caderneta de Cromos" na Rádio Comercial.
Vinte e cinco anos depois, "Duarte e Companhia" não podia estar mais actual. Senão vejamos, viviam-se os efeitos da crise de 1983 que levou à intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país. Poucos eram os que tinham dinheiro, os criminosos chegavam ao ponto de não ter dinheiro para comer. Fugir ao IVA era prática corrente.

in Jornal de Notícias

António Feio hoje faria 56 anos...

Passados mais de quatros meses da sua morte, muitos foram aqueles que no dia de hoje quiseram deixar a sua mensagem no perfil do Facebook do actor. Quando assumiu publicamente a sua doença, António Feio passou a ser o exemplo e a cara da luta contra o cancro… Nunca desistiu de lutar, nunca baixou os braços, nem mesmo quando os médicos lhe deram apenas três meses de vida.
“Vou combater o bicho!“ As derrotas e as esperanças, pequenas vitórias, numa batalha muito desfavorável ao actor, foram partilhadas com o seu público desde o início. Durante um ano, todos acompanhamos esta dura e desleal batalha, que o “bicho ”acabou por vencer.



PERFIL

António Feio nasceu a 6 de Dezembro de 1954 em Lourenço Marques. Estreou-se no teatro em 1966 e colaborou com estruturas como a companhia Laura Alves, Cooperativa de Comediantes Rafael de Oliveira, Teatro Popular, Teatro Aberto ou Teatro Nacional D. Maria II. Fez televisão, cinema e dobragens, encenou inúmeros espectáculos. Formou gerações de jovens como professor de teatro (no Centro Cultural de Benfica). Foi casado duas vezes e teve quatro filhos.





Tenho um tumor gigante no pâncreas. Alguns dos tratamentos conseguiram reduzir um pouco o seu tamanho, mas não o suficiente para poder ser operado. Sei bem o que isso significa. Neste momento, e porque não há outra forma, vivo um dia de cada vez. Deixei de fazer planos para a frente. Não sei o que me espera no futuro, mas isso agora também não importa, o que interessa é o aqui e agora. Ao longo deste quase último ano e meio percebi que o meu estado de saúde deixou de ser um tema que me diz respeito apenas a mim, à minha família, aos meus amigos e àqueles de quem sou próximo. A minha doença deixou de ser apenas um problema que é meu, de alguma forma deixou de me pertencer. E isto sucedeu aos poucos, à medida que a onda de apoio e solidariedade à minha volta foi crescendo e ganhando forma. Assim nasceu a ideia deste livro.
A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar de tudo primeiro, nunca desistir. Se as pessoas começarem a parar por um momento para olhar para casos como o meu, ou, simplesmente, para a sua própria vida com olhos de ver, talvez comecem a relativizar os seus próprios problemas e possam perceber o que de facto vale a pena na vida. Talvez assim a consigam aproveitar melhor.

Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros!!
António Feio

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dia Internacional das pessoas com deficiência

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência assinala-se hoje, quando a maioria destes cidadãos continua excluída do exercício de direitos e é discriminada no acesso em condições de igualdade ao ensino, emprego, habitação e transportes, alerta a Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD).

A Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes (CNOD), em comunicado, refere que as promessas de combate à exclusão social e de promoção de uma sociedade inclusiva não têm tido tradução prática em Portugal, na adopção de políticas públicas que garantam "a satisfação efectiva das necessidades específicas" das pessoas com deficiência.

Segundo a CNOD, os portugueses portadores de deficiência vivem o dia-a-dia com falta de acessibilidades, maiores gastos com a saúde, maior dificuldade na obtenção de posto de trabalho e no acesso ao ensino.

Portugal foi dos primeiros países a assinar em 2007 a convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos das pessoas com deficiência, mas falta ainda a sua ratificação em sede parlamentar.

Fonte do gabinete do ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, disse que a convenção seguiu para a Assembleia da República logo após a assinatura em Nova Iorque, em Março de 2007, mas aguarda ainda agendamento para ratificação.

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência realiza-se desde 1998, por iniciativa da ONU, e tem como principal objectivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência e a mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar destas pessoas.

in Público




Apesar de esta ser uma realidade que todos conhecem, parece que todos estão apostados em ignorá-la... A velha máxima "Todos diferentes, todos iguais", continua a não passar disso... está nas mãos de todos nós fazer alguma coisa para mudar esta situação. Faltam verbas, faltam apoios, faltam estabelecimentos especializados... nem tudo pode ser resolvido, mas há necessidades que nós podemos facilmente suprimir: AMOR, RESPEITO E SOLIDARIEDADE!!! Vale a pena pensar nisto... POR UM MUNDO MELHOR!!!!













Tudo o que faço ou medito



Tudo o que faço ou medito
 Fica sempre na metade.
 Querendo, quero o infinito.
 Fazendo, nada é verdade.
   
 Que nojo de mim fica
 Ao olhar para o que faço!
 Minha alma é lúcida e rica
 E eu sou um mar de sargaço –

   
 Um mar onde bóiam lentos
 Fragmentos de um mar de além...
 Vontades ou pensamentos?
  Não o sei e sei-o bem.
                                    
                                   Fernando Pessoa